quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mais de Ouro Preto - Junho 2010


Olá, povo.

Apenas para compartilhar mais alguns momentos daqui, para as pessoas que não estão nos Facebooks e Orkuts da vida.

Tudo continua ótimo.Os cursos, a cidade, as pessoas, o meu retiro.O único problema que tenho enfrentado é tentar prever o que vai acontecer comigo em Dezembro, quando essa fase passar.Meu 2011 está no mais perfeito "tudo pode acontecer...".Não sei onde vou estar.

Muitas possibilidades.... em São Paulo, em Curitiba, em Ouro Preto mesmo, em Mariana (cidadezinha aqui do lado), ou mesmo na Índia.... e do jeito que as coisas andam, talvez surja mais algum lugar novo para eu me mandar ate lá... vai saber....

De qualquer forma, tenho que agradecer os privilégios que a vida me dá (um dia eu ainda descubro o que eu fiz para merecer essas oportunidades).E aos amigos pela força de sempre, e por entenderem a minha ausência.E à minha família, sem a qual provavelmente boa parte disso tudo seria impossível.

Grato, grato, grato...
Lá vai mais um pouco daqui (pra variar, se quiser ver as fotos em tamanho maior, é só clicar nas próprias...):


Uma das vistas de uma das entradas da cidade



Uma das 575034 Igrejas da cidade




Vista de cima da cidade (legenda pleonásmica)






Vida chata....



Quem sou ? De onde vim ? Pra onde vou ?




Outra das 575034 igrejas da vidade


E o Sol vai descendo.... 



Rua estreitas, casas antigas, paralelepípedos no chão e um Rodrigo no meio do caminho.



Tudo desnivelazo...



Lud (fofa) no Horto



Pássaros não se deixam fotografar de perto...



 Essa foto é totalmente Poltergeist (é assim que escreve?) .Há um ser ali.Verde, gosmento e esquisito.Flutuando.Na frente da grade.Viu ? Não viu ? Eu juro que tem.
Se não consegue ver... olhe no vídeo abaixo (mas se não dormir a noite, a culpa não é minha).



Poltergheist no Horto em Ouro Preto
(desconsidere os meus comentários como se fosse uma criança vendo... bom... qualquer coisa)





A cidade em ritmo de Copa (preciso ser mais ágil nas minhas postagens...)



Jorge, Mestre Arnaldo, eu tímido, Vanessa, Lud




Pinguinho (cachorro mais esquisito que eu já vi...)


Joaninha


Edylaine, Lud, Jo




Mukesh, Edylaine



Vê se volta logo, mocinha.



Hippies no Horto



Não, eu não caí de cara no chão, isso tudo faz parte da técnica, entende... desenvolvendo força e flexibilidade...no nariz



  A sombra ficou legal...




Shiva Nataraja



Toda compenetrada se servindo...



Turma bacana da prática no Horto



Totem Humano



Totem Humano 2






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terça-feira, 6 de julho de 2010

Veganos, esses chatos...





Muitas pessoas que não simpatizam com o veganismo e o acham uma “afronta à natureza” dizem que nós veganos somos chatos e pentelhos. Segundo elas, protestar contra a exploração animal é uma chatice comparável a uma onda de spam.

Não é necessário pregar o veg(etari)anismo como um religioso fundamentalista prega suas crenças como verdades absolutas – atitude que é injustamente generalizada pelo senso comum de muitos onívoros e enfaticamente condenada pelos veganos mais sensatos. Basta apenas que defendamos os animais, condenando em público as crueldades de quem, por exemplo, tortura e mata animais para comê-los. Só por isso somos chatos de galocha.

Em um vídeo brasileiro em que uma atriz, com uma naturalidade sádica, contava como torturou animais até a morte para comê-los em sua experiência como escoteira, um onívoro, diante de dezenas de protestos e repúdios contra a atitude da atriz, do entrevistador e do público que, de forma também sádica, gargalhava e aplaudia o depoimento, comentou: “hahahhaha esses vegans? são tão ou mais chatos que os crentes!”

A esse comentário, eu faço questão de responder: sim, somos chatos.

Somos tão chatos quanto os militantes negros antirracismo dos Estados Unidos das décadas de 1950 e 60. Aqueles indivíduos eram tão chatos que não deixavam os brancos de sua época humilharem os compatriotas afrodescendentes em paz! Que coisa insuportável deve ser uma pessoa ter questionado seu direito de agredir e segregar o próximo, não poder esculachar um indivíduo na rua por ser de cor diferente sem que venham sujeitos indignados lhe cobrando ética, respeito e vergonha na cara. Que chatos!




Somos tão chatos quanto Mahatma Gandhi e seus seguidores. Os ingleses não podiam mais impor sua dominação na Índia, arrogar soberania sobre um mosaico cultural milenar, torturar e matar nativos insubordinados, com sossego. Devia ser muita chatice os militares britânicos serem impedidos de continuar mantendo seu monopólio econômico, seu domínio firmado na base da violência neocolonialista, por causa daqueles pacifistas tolos que não tinham o que fazer e ficavam com suas pregações inúteis de resistência pacífica e desobediência civil. Não-violência? Pacifismo? Independência? Soberania? Que bando de insuportáveis! Pareciam os crentes pregadores de hoje de tão inconvenientes!


Somo chatos como as feministas, que vêm enchendo a paciência dos homens desde o século 19. Aquelas chatas-de-galocha, em vez de contribuir para o progresso da sociedade ocidental confinadas em suas casas, limpando o chão e fazendo comida, preferiram ir às ruas, fazer panfletagem, fazer grupos de pressão cobrando direitos e justiça para as mulheres. Muitas delas, ainda mais chatonas que a média de sua categoria, preferiram fazer suas pentelhações na esfera política.




Aí pronto, os homens não tinham mais direito de mandar em suas esposas, bater nelas quando fosse conveniente, humilhar aquelas moças que ousassem sair sozinhas de suas casas, educá-las para a subserviência perante o pátrio poder. Nada disso podiam mais fazer em paz, sem que as impertinentes das feministas viessem interferir, cobrar leis punitivas para a violência machista. Nem hoje se pode mais aceitar sossegadamente falar e escrever o nosso português androcêntrico, chamar a humanidade de “os homens” com a tranquilidade de outrora. Tudo por culpa das perturbadoras dessas feministas.



Somos uns verdadeiros spammers, tanto quanto os abolicionistas que militaram no século 19 pelo fim da escravidão de seres humanos. Tratar pessoas como propriedade, agredi-las quando fosse “necessário”, obrigá-las a trabalhar de sol a sol, negar-lhes qualquer direito... Graças aos chatos dos abolicionistas, fazer essas coisas com o sossego de sempre nunca mais foi permitido e aceito. Pentelharam tanto que os escravos terminaram sendo libertados de sua condição cativa. Realmente aqueles militantes eram insuportáveis.





Hoje nós veganos somos os chatos da vez, ao lado dos também tão falados ecochatos, que não deixam mais ninguém destruir florestas, savanas e mangues em paz; enchem o saco quando algum governo está investindo em poluição e desmatamento para “desenvolver” seu estado ou país; pentelham quando estão matando e traficando animais silvestres até o ponto de deixá-los à beira da extinção. Ecochatos... Pense num povinho importunador, que tira o sossego daqueles que tentam destruir a vida do planeta em troca de algumas décadas de vida boa e endinheirada.


E nós, que denunciamos como a humanidade vem tratando animais não-humanos como escravos e mercadorias, desprezando suas vidas, privando-lhes de qualquer direito, assassinando-os aos bilhões em prol dos prazeres do paladar e de falsas promessas e crenças sobre saúde, estamos, segundo os críticos, pentelhando as pessoas, mesmo sem proselitismo, brigas, intolerância, grosseria ou quaisquer outros comportamentos inconvenientes. Basta que estejamos simplesmente protestando em reação a uma violência ou boicotando sem alarde produtos derivados de exploração animal, isso mostra que estamos sempre nos comportando como crentes que pregam nas portas das casas. Isso é o que os mais reacionários dizem.



É, realmente somos chatos, insuportáveis, verdadeiros spammers, por querermos o bem, por desejarmos o fim dos sistemas de opressão. Mesmo quando estamos apenas nos manifestando contra uma injustiça. Mas acreditamos que um dia a humanidade ainda vai dar razão a nós, “vegans” chatos e pentelhos, da mesma forma que hoje fazem com os chatos do passado.








Pois é.... quem sabe um dia... os chatos sejam maioria e a hipocrisia, ignorância e egocentrismo sejam minoria.A história do mundo já mostrou que é possível.

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domingo, 4 de julho de 2010

Mas afinal, o que é meditação - Experiências pessoais.

Eu sou tão do contra que meu blog tirou férias em Junho ao invés de Julho.

Bom, vamos ao assunto...

Experimente escrever "meditação" no Google e fazer uma busca em pelo menos 30 sites diferentes.Se você sentir a mesma frustração que eu sentia quando comecei a me interessar pelo assunto, não se aborreça tanto.Isso é bem natural.

Porque o assunto não é unanimidade.É possível ver muitas definições, explicações, "verdades absolutas dos intelectuais no assunto", e , claro, um monte de bobagens (porque bobagem é o que mais existe na internet).

Se for pesquisar em livros, as bobagens serão mais raras, mas as infinitas definições e explicações e métodos "infalíveis" continuarão.

O mais engraçado é que eu já vi muita, muita gente dissertando sobre meditação, explicando o que é, o que não é, porque que é, porque não é, qual e que é, etc,etc,etc... mas sinceramente não me lembro de ter visto alguém falando de sua experiência pessoal, falando apenas de si. (Salvo aquelas reportagens de revista onde a "repórter tal" vai lá experimentar a coisa 1x na vida por 10 minutos e depois dá o seu "depoimento", mas convenhamos.... isso não serve de experiência).




Então resolvi me propor a falar de mim.Talvez seja decepcionante frente a tudo o que tanta gente já leu de "erudito" sobre a meditação, já que tento simplificar a coisa, mas... me deu vontade.



O tema faz parte da minha vida há 5 anos, veio no pacote quando comecei a praticar Yoga.Mas somente nos últimos 4 meses eu tenho praticado regularmente da maneira que eu considero mais correta: na primeira hora do dia (isso serve pra mim, que fique claro... cada um é cada um...).

Acredito que só podemos realmente falar com confiança e um mínimo de credibilidade sobre coisas que experimentamos.Alguém que nunca sequer tentou ficar 30 minutos sentado "apaziguando a mente", mas que quer "dissertar" sobre o assunto porque "leu no livro do Mestre tal ou da filosofia tal ou da religião tal".... não seria muito conveniente.

Falo então da minha própria experiência.Nos meus estudos, já me deparei com algumas afirmações:

- Meditar é refletir sobre determinado assunto.
- Meditar é não pensar em nada.
- Meditar é fazer sua mente encontrar-se com Deus.
- Meditar é o cessar das flutuações mentais.
- Meditar é apenas acalmar a mente, mas os pensamentos não se desligam nunca., se isso acontecer, o cérebro morreu.
- Meditar requer anos e anos de prática constante, 18 horas por dia e você pode sair dessa vida sem jamais conseguir.
- Meditar é abstrair todos os sentidos do corpo.
- Meditar é deixar de lado as racionalizações da mente, entrando em total estado de contemplação.
- Meditar é encontrar o silêncio do vazio.

Há coisas que fazem sentido nas linhas acima, há outras bem bobas na minha opinião.Mas com algo todos concordam : a preparação para a meditação se faz sentado e de olhos fechados (pelo menos na maioria dos casos, onde você ainda não é um monge tibetano de 80 anos que consegue meditar no meio da Avenida Paulista de olhos abertos caminhando ou flutuando mesmo)...







CONCENTRAR PRIMEIRO ?

Meus primeiros aprendizados no assunto foram com pessoas que diziam que antes de meditar, eu precisava aprender a me concentrar.Que uma coisa não viria antes da outra.Adeptos do "meditar é não pensar em nada"   e que, para isso, antes nós devíamos dominar a arte de pensar em uma coisa única.Concentrar todo o foco da mente em um único som, uma única imagem, uma única sensação, enfim... E que depois de dominar isso, concentrando-se em algo exclusivo... bastava "tirar" este algo da cabeça e pronto ! A mente está vazia, estamos em meditação e a iluminação estava próxima, uau.

Embora eu concorde com a parte que diz que uma coisa é um passo para a outra, discordo sobre o que era dito a respeito de "desligar a mente para não pensar em nada" (isso existe?) e mais ainda sobre "iluminação"...quem medita não é necessariamente um iluminado ou coisa parecida.

Concentrar-se em algo requer sim treino e disciplina.A nossa mente recebe zilhões de informação por segundo o tempo todo, atraídos pelos nossos sentidos mas não só por eles... qualquer ser humano normal que já tenha fechado os olhos e tentado se concentrar em algo sabe o turbilhão de pensamentos, lembranças do passado (nem que seja de 10 minutos atrás) e pensamentos sobre o futuro ( nem que seja para dali há 1 hora)... ou pensamentos do tipo "nossa, que frio, ai minha perna, hum que cheiro bom")

Mas todos também sabemos por experiência que impossível não é.Há muitas técnicas para isso, muitas delas até criadas por cada um de nós naturalmente.Não é exclusividade de um yogue... Muitas das ações da vida requerem nossa total atenção, focar a mente em uma coisa específica apenas.Todos já nos propomos a isso.




Portanto, concentrar a mente para tentar adquirir a possibilidade de fazê-la meditar não é um bicho de sete cabeças.

Mas antes de mais nada, é preciso querer.Se dispor àquilo.... se comprometer.Porque, convenhamos... se, por exemplo, durante uma "tentativa" de concentração como passo para a meditação, tudo o que você quer é que "aquele tempo passe logo", então sejamos honestos, você não está afim e pronto.Daí não há como conseguir mesmo.



MAS APRENDER A SE CONCENTRAR É MESMO UM PASSO PARA A MEDITAÇÃO ?

Na minha experiência, absolutamente sim.Há quem diga que são duas coisas "totalmente diferentes", pois se você se concentra, "está usando a mente, e a meditação é o contrário e etc...."..... Discordo.Se não sabemos nos concentrar, nem adianta cogitar chegar em estados meditativos.Engatinhemos antes de aprender a andar.


Afinal é uma questão de treinar a cabeça.


Como nunca acreditei muito nessa coisa de "encontro com Deus" (o Deus no qual eu acredito está dentro de mim sempre),"parar de pensar" (isso me parece estranho demais...), ou "pensar sobre determinado assunto" (poxa, se fosse assim,eu medito desde que nasci) , eu fui para o caminho de controle da mente, de escolher no que pensar, no que não pensar, e de não RACIONALIZAR algo... resumindo, um estado de contemplação.De pura observação.


Não é um estado de "silêncio"... de "mente vazia"... mas de percepção.Ouvir o próprio coração batendo durante uma prática de meditação (por 2 segundos que seja) é algo inexplicável, você se sente absolutamente inteiro.Mas apenas ouvi-lo.Sem pensar "nossa, como bate rápido" ou "será que esse barulho é meu coração mesmo?" ou mesmo um "Nossa, que legaaaaal" (hahaha, isso estragava tudo), se largar de qualquer tipo de raciocínio.

ESSE é o desafio.O tal do "desligar a mente" é, na minha concepção, livrá-la de análises, argumentos, julgamentos ou desejos....




A meditação nada mais é do que manter APENAS o objeto da concentração na mente... Só.No caso de uma imagem, por exemplo (ou um som, uma data, um acontecimento, uma sensação), apenas mante-la na mente.Sem pensar se é bonita ou não, se é bacana ou não, se faz sentido ou não....



O QUE EU GANHO COM ISSO ??

Ah, quando você alcançar, compreenderá... até lá, apenas siga tentando * Voz de Guru "Mestre dos Magos"-sabe-tudo falando. (rsrsrsrs).

Acredito que  o INSTANTE da meditação pode ser impossível de explicar (assim como explicar para alguém que nunca sonhou o que é um sonho, é impossível, a pessoa tem que vivenciar aquilo para entender, o que não torno os sonhos algo "mega transcedental para seres iluminados", não é ? ), mas os benefícios sentidos não são.Experiência, lembra-se ? Isso dá pra dividir com os outros.

Em primeiro lugar, a mente limpa, aberta, revigorada.Como se tivesse sido feita uma lavagem interna (novamente, isso é a minha experiência....mas bate com o que se vê "nas escrituras e nos livros dos doutores no assunto").Uma sensação de poder... senão "paranormais", pelo menos sinto potencializados aqueles que consideramos normais.A sensibilidade como um todo também se renova.

Tudo isso traz paz interior, bem-estar, contentamento.E porque não, confiança e vigor interno.

Essa é uma das razões pelas quais considero a meditação matinal a mais benéfica.Pois, além de estarmos ainda acordados há pouco tempo (o que facilita o processo de apaziguar a mente, já que o dia mal começou e não há muito ainda o que pensar, pelo menos no meu caso), é como um treino para o restante do dia, para tudo o que iremos produzir à partir dali.

E meditar não é algo que só traz benefícios para yogues, ou monges, ou sacerdotes, ou lutadores de artes marciais, mestres de sei lá o que, etc.... Serve para tudo e para todos.Quem pratica, se beneficia, seja lá quem a pessoa seja ou o que faça ou no que acredite ou qual seu trabalho ou religião.


É isso.Basicamente.

Muito se fala e se ouve sobre "ativação de poderes especiais", "siddhis", etc.... Eu sinceramente acredito em poderes que possuímos potencialmente.... mas que ainda não soubemos como desenvolver.Acredito sim em telepatia, levitação, premonição, etc.E acredito que a meditação pode ser uma forma de intuir esse desenvolvimento.

Mas não posso afirmar pois, até onde eu sei... não tenho nenhum siddhi despertado.Se um dia eu perceber algo assim, me darei o direito de fazer afirmações à respeito.Até lá, só posso afirmar que "muitos dos estudiosos no assunto dizem que sim, a meditação é o primeiro passo para tais conquistas".

Mas a tal da paz interior é mente mais clara para tudo... isso é fato.E não acho que ser tão complicado compreender o tamanho do benefício que isso significa.Então podemos nos propor a meditar para alcançar essas conquistas mais mundanas, simples e rotineiras.Se alguma "vidência" vier um dia, que seja, mas... que não seja o objetivo.

Se for muito complicado realmente... sugiro que façam o teste em si mesmos e notem as possibilidades. :)


"MAS E AS LUZES NA MINHA CABEÇA ? A SENSAÇÃO DE PODER ABSOLUTO ? A IMPRESSÃO DE TOTAL CONEXÃO COM O UNIVERSO ? PERCEBER-ME UM DEUS ? SAIR DO CORPO ? VIAJAR ASTRALMENTE ? ENCONTRAR O LIMITE DO ESPAÇO-TEMPO DO COSMOS UNIVERSAL PLURILATERAL E A QUARTA DIMENSÃO DA EXISTÊNCIA DO ÁTOMO e blablablablabla   ??? Onde estão essas coisas ? "  


PESSOALMENTE falando... sentir-se conectado com o Universo é algo muito pessoal de cada um (uma vez fiz uma prática na praia... e me senti transformado em areia, mas era uma coisa diferente), essas coisas estão nas teorias dos livros, dos "super mestres", das "filosofias sensacionais"... talvez eu seja muito limitado ainda para ter alcançado tais estágios... Perceber por exemplo o Chakra no topo da cabeça se abrindo não é exatamente, pra mim, "conectar-me ao Universo inteiro",  o que não significa que tais coisas não existam nem que eu não acredite nessas coisas... mas não posso falar de algo que ainda não experimentei com tanta clareza e certeza...




E O QUE É PRECISO FAZER PARA MEDITAR ?

Primeiramente compreender que não há separação entre o corpo e a mente.Portanto, a preparação começa pelo corpo físico.

Embora possamos meditar até mesmo deitados, o risco de relaxar demais e dormir é evidente.Por isso é preferível a posição sentada.


As pernas cruzadas melhoram a base do corpo, além de fazer com que aja uma menor circulação de sangue nas pernas, o que o corpo compensa aumentando a circulação de sangue no tronco.Isso auxilia a manter a coluna ereta e perpendicular ao chão, fato importante para evitar dores ou desconfortos durante a prática.Mas pode ser feito sentado em uma cadeira também, desde que mantenha-se a coluna ereta e não coloquemos excesso de peso na lombar (algo comum de quando temos um "encosto" para sentar, vale a atenção quanto a isso).Eu particularmente sou adepto do "não uso de suportes", mas isso é particular de cada um.


Manter-se durante alguns minutos imóvel, ainda mais sentado, ainda mais com o cruzamento das pernas requer preparo do corpo.Eu considero quase impossível uma pessoa conseguir meditar se o corpo não estiver "minimamente" saudável e preparado.Então uma boa alimentação além da prática de exercícios físicos.


Por isso mesmo que o Yoga contém tanto as posturas físicas, quanto os exercícios respiratórios, como também o incentivo por uma alimentação equilibrada e natural (e, obviamente, sem carne).

A musculatura precisa estar forte, a respiração precisa estar controlada, o corpo precisa estar limpo, pelo menos tudo isso relativamente.Então antes de sentar e tentar "limpar a mente das flutuações", vale cuidar da saúde física um mínimo, não ?



Corpo saudável é um passo para a mente saudável.

Os olhos fechados e o ambiente silencioso também fazem parte.Lembrando, quanto menos coisas para dispersar a mente, melhor.




Mas acima de tudo, livrar-se da ansiedade e não esperar nada, ainda mais se for iniciante.

O anseio para alcançar o estado de meditação é o primeiro obstáculo para atingi-lo.Costumo dizer que "concentração é algo que você busca... meditação é algo que surge naturalmente".Então deixe que a meditação te acompanhe, não tente arrasta-la para si.


Sem desejos, sem grandes buscas, sem esperar enxergar ou sentir tudo aquilo de maravilhoso que se ouve falar a respeito.


Sente-se, fique em paz, respire, contemple sua respiração, observe-se, envie as imagens da mente embora, envie os pensamentos racionalizados embora, e acima de tudo, sinta-se bem.Não é algo rígido e tenso.É uma fuga disso na verdade... Sugiro especialmente fazer em locais próximos à natureza, com ar puro, com verde em volta... enfim, coisas mais parecidas conosco (já que somos semelhantes a árvores, e não a paredes de concreto).


E acima de tudo, experimente.Como falo no início, muito é dito a respeito.Muita teoria.Esqueça a teoria por um instante.Busque a experiência.Vá pro meio de um lugar calmo, sente-se na grama, feche os olhos e insista em ficar lá, sem esperar nada.


Funciona comigo.No meu auto-conhecimento, no meu sono, na minha saúde, no bem-estar diário simplesmente falando.Sem precisar ver o Sistema Solar, ou Deus, ou os confins do mistério do Absoluto na minha frente....



Há quem diga inclusive que existem milhões de formas de meditação... uma para cada ser humano.O que tornaria para cada um uma experiência diferente.


Quem sou eu para dizer o contrário, não ?



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